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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Por Que eu Amo filmes Antigos

         É exatamente o que o título diz. Porque eu amo filmes antigos.

Le Voyage Dans La Lune   foi filmado em 1902. Os filmes não eram coloridos (o primeiro foi ...E o vento levou em 1939) e, muito menos, falados. E se deu uma cena clássica (eu diria a mais clássica do cinema). Como eu não consigo colocar a Imagem aqui, vá no Google Imagens, digite "Les Voyages Dans La Lune" e clique na SEGUNDA imagem. Pronto, a imagem que eu queria mostrar.

É impressionante se você pensar que esse filme foi feito a mais de 100 anos (exatamente 109), não é? Se o seu bisavô fosse francês, ele poderia TER VISTO o filme. Não é emocionante?

Filmes, às vezes, mostram momentos históricos. O Nascimento de Uma Nação e Intolerância (1915 e 1916) marcaram. Em O Nascimento de Uma Nação, influenciou o mundo de maneira negativa. Dirigido por D.W Griffths (os dois) influenciou o renascimento do Ku Klux Klan (que matou Martin Luther King, Jr. em 1968). Intolerância foi a resposta as acusações de racismo (completamente justificadas) por Nascimento. Também foi um marco.

Os filmes mudos eram interessantes. Os Lumière, em sua primeira projeção, fizeram um trem aparecer em uma tela, em preto-e-branco, sem som. E todos os espectadores saíram correndo, achando que seriam atropelados pelo trem.

Depois de um tempo, isso não acontecia mais. Prova do filme francês citado anteriormente.  Os primeiros filmes eram rápidos. Alguns com até 14 minutos (como Les Voyages com EXATAMENTE esse tempo de duração).

Mas a coisa mudou. O público estava por novos filmes. E eles vieram.

Os anos 20 foram chamdos de "Os Loucos Anos 20". E o cinema não escapou dessa loucura.

Melindrosas. Chanel. Charleston. Louise Brooks conquistava a todos com seu cabelo curto, sua Lulu e seu Diário de Uma Garota Perdida.


Em 27, uma revolução: Os Talkies.

Mas antes, imagine um ator ganhando o Oscar por um filme mudo. Ele não fala nada, mas sua expressão, suas caras e bocas falam por mil talkies. E imagine uma atriz ganhar o Oscar em seu primeiro talkie. Façanha de Mary Pickford, obrigado. "Queridinha da América", "Pequena Mary", "A moça com os cachos".  Algumas das palavras para descrevê-la.

Alguns grandes atores não conseguiram se adaptar aos talkies. Tiveram suas carreiras injustamente interrompidas. Por não falarem bem, ou por divergências no contrato (caso de Louise Brooks).

Charlie Chaplin só começou com os talkies 9 anos depois de sua invenção. Ele, o gigante do humor, resistiu até Tempos Modernos.

Mas, para não começar um tratado sobre os talkies, melhor ir pulando.

Anos 30. Grande Depressão. O cinema tinha o poder de aliviar a tristeza e, com o perdão do trocadilho, a "depressiva" América da época. Mas eu considero os anos 30 bem prolíficos para o cinema.

Clark Gable era o galanteador, que apesar de não ser tão bonito quanto outros astros, era muito charmoso. Carole Lombard, que casou-se com ele no final dos anos 30, tinha um sorriso maroto e mandava bem em comédia. Olivia de Havilland encantou como Melanie em Gone With the Wind. Vivien Leigh e Laurence Olivier eram os britânicos mais pops do momento (até eu tenho de admitir ter achado que sir Olivier tinha sido o homem mais bonito de todos os tempos quando o vi em uma cena de Fogo sobre a Inglaterra, contracenando com Vivien.Wikipédia, página sobre Laurence Olivier. Digite o nome de Olivier lá e vai achar a imagem de que eu estou falando).Shirley Temple, nos tempos de crise, "Fazia a América enfrentar isso com um sorriso", nas palavras de Franklin Delano Roosevelt.

Mas também admiro o cinema dos anos 40, muitas vezes feito em plena Guerra. Ingrid Bergman fez chorar milhares em Casablanca e Por Quem os Sinos Dobram (inclusive eu neste último). E lá vou eu meter Olivia De Havilland de novo, pelo seu papel que causou furor e polêmica em No Ninho das Serpentes. Foi revolucionário.Está aí outro poder do cinema: Causar mudanças de completamento e Revoluções (para mais informações, consultar página desse filme na wikipédia. Digite No ninho das Serpentes, ou vá na página de Livvie De Haviiland na wikipédia e procure por esse filme).

Poderia citar milhares de outros exemplos. Mas isso se tornará um tratado sobre história do cinema (se já não é, na verdade). Dou uma lista de motivos para amar Filmes Antigos e alguns exemplos:

1) Eles tinham muito menos efeitos especiais e ficavam ótimos para a época
    Exemplo: Les Voyages Dans La Lune (George Méliès)

2) Eles eram capazes de fazer brotar a esperança em momentos difíceis para as pessoas
    Exemplo: Filmes de Shirley Temple durante a grande depressão.


3) Eles mudavam o comportamento das pessoas e influenciavam seu pensamento (às vezes para o mal)
    Exemplo: O Nascimento de uma Nação (D.W Griffths) e Taxi Driver (Martin Scorsese, que influenciou o doido que atirou em Ronald Reagan nos anos 80)


4) Atores menos plastificados trabalhavam nos filmes (eles não tinham passado por tantas plásticas como hoje. Talvez a exeção seja Liz Taylor, mas deixa quieto).
    Exemplo: Carole Lombard (tinha uma cicatriz e fez muito sucesso), Clark Gable (charmoso mas não bonito, admito), Vivien Leigh (tinha transtorno bipolar).


Até agora é isso, amigos. Fecho as cortinas  e o filme acaba. Mas o CINEMA não acabará, enquanto atores continuem dando seu suor por eles e pessoas continuem sonhando. Que isso continue acontecendo para todo o sempre.
  

Um comentário:

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